
A mídia é um poderoso espaço
produtor de culturas infantis. Dentre as várias infâncias constituídas,
torna-se cada vez mais evidente o quanto as crianças são compreendidas
atualmente como uma lucrativa possibilidade de investimento num tempo em que o
marketing infantil cresce vertiginosamente. Mudanças
nas relações estabelecidas entre adultos e crianças, bem como o surgimento de
uma nova produção da subjetividade em função da organização do cotidiano pela
mídia e o modo como a experiência das crianças, dos jovens e dos adultos vem se
transformando na sociedade de consumo. Temos multiplicadas e aprimoradas
estratégias de mercado destinadas às
crianças que geram pequenos e fiéis consumidores. Vivemos um tempo em que somas
significativas do orçamento de marketing brasileiro e internacional visam
atingir a criança de diferentes formas. Vivemos um tempo no qual nossas
crianças nasceram na era do consumo e são persuadidas para seguir as lições da
educação continuada ou para o ato de consumir. Isto é bastante evidente no dia
a dia da criança e do adolescente, quando eles procuram ir para a escola com
mochilas, roupas, calçados, matérias escolares de determinadas marcas,
divulgadas em comerciais da mídia. De alguma maneira o outro que não tem
condições de comprar, acaba se sentindo quase obrigado a adquirir, isto é, o
jovem dita a moda para sua “tribo”. A criança também é influenciada pelo colega,
a andar na moda.
Umas das normas da escola onde eu
trabalho, é o uso obrigatório do uniforme. Em minha opinião, esta medida é
muito importante, entre outras, impede
de alguma forma o desfile de modas, consumo desnecessário, ao mesmo tempo em
que alguns não se sentem constrangidos por não ter poder aquisitivo para tal
consumo.
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