quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Escola e a modernidade





                   Para mim é bastante desafiante a escola competir na modernidade. O aluno está atraído pelas mídias, e consequentemente ficam cada vez menos  interessados em estudar. A escola pública dispõe de poucas tecnologias, e quando tem não abrange uma classe com trinta alunos, internet que não comporta a demanda, tornando o trabalho do professor ineficiente. Eu como professora tenho procurado utilizar a sala de informática para pesquisas e algumas interações com os conteúdos trabalhados ou a serem trabalhados. Mas encontro obstáculos como os citados acima. Os livros didáticos são alguns recursos oferecidos ao aluno, para auxiliá-los em suas aprendizagens. Mas ainda temos salas lotadas, permitindo dispor os alunos um atrás do outro, sem muitas dinâmicas. Um tempo atrás li um texto em que o personagem central, vinha do século XIX, visitar a humanidade no século XX. Ele encontrou muitas mudanças e quando chegou na escola, disse se sentir no seu século, pois ainda encontrava as carteiras escolares dispostas uma atrás da outra. Isto é uma crítica a uma situação que vivemos nos dias atuais na maioria das escolas públicas.
A escola pública caminha a passos lentos ao encontro da modernidade.



Fatores que interferem no processo de alfabetização










       São muitos os fatores que podem interferir no processo de aprender, muitos deles de ordem patológicas, sociais e/ ou emocionais.    

      Ensinar e aprender não depende unicamente do professor em aplicar os conteúdos, mesmo que seja de forma dinâmica e criativa, pois o processo ensino aprendizagem é complexo e abrangente por estar ligado ao contexto sociocultural de cada indivíduo. Aprendizagens dos alunos estão ligadas, na sua maioria a fatores externos à escola e que influenciam diretamente no desenvolvimento da aprendizagem. A falta de formação e pouco conhecimento das teorias da aprendizagem por parte dos professores é fator que impede tomada de decisões de forma segura, não havendo projetos de intervenção para ajudar os alunos na superação de suas dificuldades na escola. Em relação ás famílias, o baixo nível escolar e socioeconômico dos pais/mães reflete no pouco acompanhamento dos estudos do filho e controle da sua conduta na escola. Eu me preocupo muito com a aprendizagem do meu aluno, quando percebo que ele precisa ser encaminhado para o atendimento especializado, o encaminho para que juntos descobrissem como ajudá-lo a aprender. Mas quando tem a negligência familiar, fica complicado. O aluno que falta muito tem sua aprendizagem escolar prejudicada. A família é notificada, a criança volta a frequentar e depois volta a faltar, sem motivos significativos. Deixa-me um pouco angustiada, por não estar conseguindo que determinado aluno frequente. As desculpas são variadas, desde a distância, o não acordar a tempo de vir, cuidar de irmãos para mãe trabalhar, etc. A  pouca importância que algumas famílias dão aos estudos de seus filhos, tem levado muitos alunos ao fracasso escolar. Algumas pensam: “Eu não estudei e estou bem, trabalhando, o estudo não me fez falta eu não gostava de estudar”. E por isso não incentivam seus filhos. Ainda bem que é minoria. 

A escrita

  

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A necessidade de se comunicar através de códigos originou a escrita. Os primeiros vestígios são registrados bem antes da era Cristã. Através dessas produções, a humanidade chegou a atual escrita que usamos atualmente. O interessante de tudo isso é que o interesse pela escrita é desenvolvido em nós, e a escola tem um papel fundamental nesse processo. Eu como professora observei que o aluno tem interesse em aprender, mas vai depender também da metodologia usada pelo professor. Se o professor perceber no decorrer de suas atividades e práticas, às vezes, a necessidade de rever sua metodologia, irá fazer a diferença no aprendizado do aluno. A criança mesmo pequena, quando não sabe o que está escrito ela pergunta, ou ela inventa fazendo suposições sobre o que vê, porque tem interesse em saber o que aquela imagem ou escrita tem a dizer e ela tente de alguma maneira fazer rabiscos que para ela são escritas.




Mídia e o consumo na produção da infância moderna








             A mídia é um poderoso espaço produtor de culturas infantis. Dentre as várias infâncias constituídas, torna-se cada vez mais evidente o quanto as crianças são compreendidas atualmente como uma lucrativa possibilidade de investimento num tempo em que o marketing infantil cresce vertiginosamente. Mudanças nas relações estabelecidas entre adultos e crianças, bem como o surgimento de uma nova produção da subjetividade em função da organização do cotidiano pela mídia e o modo como a experiência das crianças, dos jovens e dos adultos vem se transformando na sociedade de consumo. Temos multiplicadas e aprimoradas estratégias de mercado  destinadas às crianças que geram pequenos e fiéis consumidores. Vivemos um tempo em que somas significativas do orçamento de marketing brasileiro e internacional visam atingir a criança de diferentes formas. Vivemos um tempo no qual nossas crianças nasceram na era do consumo e são persuadidas para seguir as lições da educação continuada ou para o ato de consumir. Isto é bastante evidente no dia a dia da criança e do adolescente, quando eles procuram ir para a escola com mochilas, roupas, calçados, matérias escolares de determinadas marcas, divulgadas em comerciais da mídia. De alguma maneira o outro que não tem condições de comprar, acaba se sentindo quase obrigado a adquirir, isto é, o jovem dita a moda para sua “tribo”. A criança também é influenciada pelo colega, a andar na moda.


        Umas das normas da escola onde eu trabalho, é o uso obrigatório do uniforme. Em minha opinião, esta medida é muito importante, entre outras,  impede de alguma forma o desfile de modas, consumo desnecessário, ao mesmo tempo em que alguns não se sentem constrangidos por não ter poder aquisitivo para tal consumo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A infância e a mídia







          A infância moderna está refém da mídia.
Se não houver uma participação mais efetiva do adulto, interferindo nos acessos às mídias, as crianças permanecem muitas horas por dia diante do computador, celular e outros aparelhos eletrônicos. Deixam de interagir pessoalmente com o outro e passam a interagir com o meio virtual.
A mídia interfere significativamente nos modos de viver da criança. Ela quase não brinca com as outras crianças. Crianças brincando na rua, pouco se presenciam. Talvez por causa da violência, cada vez maior e assustadora. E por isso os pais permitem que seus filhos fiquem na interação virtual.
No mundo moderno, as mães cada vez mais estão presentes no mercado de trabalho, e devido a isso, tem pouco tempo com seus filhos, deixando-os mais tempo diante das mídias. A mídia dita a moda e o consumo para as infâncias da modernidade.
Não quero dizer que a mídia é algo ruim para a infância, mas que a criança precisa ser monitorada pelo adulto. Que o exagero pode ser prejudicial, na formação da personalidade, na construção do caráter, ética e noção de moral para essas infâncias.





Desafio da prática pedagógica








                             Para nós professores a prática pedagógica traz muitos desafios: como dar conta de fazer o aluno adquirir o conhecimento, na era pós- moderna, que tem muitos atrativos que interferem no interesse da criança e principalmente do adolescente em estar focado nos seus estudos. Para realizar as práticas são necessário ao professor além do conhecimento, a competência para desenvolver habilidades que possibilite ao aluno a aprendizagem de fato do conteúdo escolar.
O professor tem que ser atento e observador do fazer discente.
Há algum tempo, quando eu trabalhei numa turma de alfabetização, eu pensei que uma aluna estava lendo e escrevendo sem dificuldades. Mas quando passei a observar melhor, percebi que ela não sabia. Ela copiava da colega. Em tempo conseguimos reverter a situação.
Através da observação diária podemos verificar como o aluno aprende e o que ele precisa aprender. Esta experiência,  percebo quando estou circulando entre meus alunos, enquanto desenvolvem uma atividade. Vejo as maneiras diferentes que eles tem para fazer suas tarefas.
Aprendemos que o aluno não é uma tábula rasa, onde o professor deposita seu conhecimento, como se o aluno nada soubesse. Partindo da realidade do aluno, a prática pedagógica vem acrescentar o que ele ainda não sabe, permitindo uma aprendizagem significativa. O desafio da prática docente é possibilitar um aprendizado de qualidade contemplando as diversidades dentro da sala de aula.

Aprender a ler





         O ato de aprender a ler envolve processos desde a vontade de aprender até o estímulo que vem do professor e da família. Ler nem sempre é uma tarefa fácil, pois a criança precisa de um professor bem preparado para despertar nela o interesse pela leitura.
    Na disciplina de Alfabetização possibilitou aprender que  a criança é um ser ativo que elabora hipótese sobre  leitura e a escrita. É dever do professor saber trabalhar os níveis de escrita em que a criança se encontra para poder avançar em  níveis que ela esteja precisando superar, possibilitando a ela o ato de ler.
 Em 2007 eu trabalhei numa turma de alfabetização, antiga primeira série. Nos primeiros dias de aula fiz uma testagem com cada aluno para saber em que nível se encontrava, para depois criar com eles grupos de maneira em que cada grupo ficasse alunos de níveis diferentes.
        O meu objetivo era que cada um ajudasse o outro. Trabalhamos vários gêneros textuais, mesmo a criança não sabendo ler, isso a colocava diante de diversas escritas. Reconheciam letras do seu contexto, e descobriam outras faziam ligações com seu nome, nome dos colegas e parentes. Cantavam canções que conheciam e observavam a escrita. Essa experiência foi muito boa, pois a aprendizagem do aluno partia de um todo para partes. Enquanto que em outros anos eles partiam de uma parte ( letras e sílabas) para um todo. Foi possível constatar que a criança se alfabetiza também e com possibilidades criar textos e frases criativas e não frases como: “ A casa é bonita”. Ou “O Ivo viu a uva”. Quando se estava trabalhando, por exemplo, a letra “v”.