domingo, 23 de outubro de 2016

Epistemologia genética



                                     As questões epistemológicas interessaram a Piaget desde sua juventude. A epistemologia é utilizada comumente para designar o que chamamos a teoria do conhecimento. Tal modelo teórico explica o desenvolvimento da inteligência, tendo como conteúdo básico a ação do sujeito que interage com os objetos, construindo, a partir dessas ações, formas e/ou estruturas de inteligência que lhe permitem, cada vez mais, adaptar-se ao mundo em que vive. Os trabalhos do autor, na psicologia, conduziram-no à ideia da utilização do modelo lógico-matemático como meio de análise e instrumento de descrição do funcionamento e do desenvolvimento da inteligência. Para o autor, o conhecimento não pode ser simplesmente imposto pelo meio ao sujeito, como um reflexo das propriedades do ambiente (empirismo), tampouco estaria inteiramente pré-formado no sujeito, apenas aguardando a maturação (apriorismo). A outra novidade da sua teoria é a abordagem empirista que explica que a construção do conhecimento pelo ser humano é fruto das interações do sujeito com o seu meio. Segundo a Teoria Epistemológica Genética, conforme surgem solicitações do meio, as estruturas da inteligência vão se construindo e, a partir de novas solicitações, o sujeito tem a possibilidade de reorganizá-las, vivenciando constantes mecanismos de assimilação de novos objetos a esquemas já existentes e mecanismos de ampliação do conhecimento denominados acomodação. É no convívio com outras crianças e com o meio é em que ela está inserida, que a criança constrói seu conhecimento. Daí a importância da escola e do professor para mediar o conhecimento. Nós professores podemos fazer da nossa mediação um meio para a construção conhecimento do aluno, instigando no aluno a curiosidade, a vontade de pesquisar e aprender. Eu procuro provocar nos meus algumas curiosidades, como por exemplo, como construir gráficos. Pedi a eles que trouxesse metro, fita métrica, trena, algo que medisse. Então dei alguns itens para eles medirem no pátio e na sala de aula. Com os dados montamos tabelas e construímos gráficos. Foi muito bom porque eles discutiam entre eles com as medidas davam diferentes, pediam para ir medir outra vez pra ver quem estava certo. Compararam as medidas de suas alturas com a realidade. Como por exemplo, um colega disse que media 1 metro e 49 centímetros, e o outro diz: - Como se eu sou mais alto do que tu. E lá iam se medir outra vez.





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