domingo, 23 de outubro de 2016

Construtivismo x transmissão de conhecimento



             No modelo Construtivista de ensino, baseado nos fundamentos teórico-metodológicos de Piaget e Vigotsky, procura-se entender o ensino como uma relação dialética entre sujeito e objeto, ou seja, já não se pode separar o processo de ensino do processo de aprendizado, ambos se dão em conjunto. Assim, só é possível ensinar quando há alguém aprendendo.
                Nessa perspectiva, considera-se o ser humano como sendo um sujeito que já tem alguma coisa consigo, todas as crianças sabem coisas, e esse conhecimento prévio deve ser aproveitado no processo de ensino-aprendizagem (termo que reflete essa posição construtivista).
               Essa ideia  presenciei na aula de ciências com a experiência do saco plástico cheio d água em que era perfurado com vários lápis, e não se esvaziou. Ali fomos provocadas a pensar por que a água não saia. Assim podemos fazer essas provocações com o nosso aluno, onde ele constrói seu conhecimento.
Com meus alunos, ao introduzir a leitura de um livro, perguntei o que eles fariam se encontrassem um tesouro. As respostas foram variadas desde comprar casa para seus pais, ajudar pessoas necessitadas e a fazerem uma viagem para bem longe. Logo em seguida o que fariam se estivessem correndo perigo de vida por causa deste tesouro e as respostas foram desde devolverem ao local a fugir com a família para um lugar bem longe.                 Depois das respostas convidei- os a lerem um livro em que, numa aventura de cinco amigos aconteceu de eles encontrarem um valor alto em dinheiro e a partir daí muita coisa acontece.
Os alunos ficaram empolgados para ler, eu inclusive digitei as respostas dadas e as expus na feira de livro da escola. Eles construíram maquetes, o trabalho ficou bem interessante.
                   Nesse contexto, a função do educador é de “criar as condições para que o aluno possa exercer a sua ação de aprender” (WEISZ, 2002, p. 23). O professor é um mediador entre o conhecimento (objeto) e o aluno (sujeito), favorecendo a relação dialética entre ambos.
                Transmissão de conhecimento, o papel do professor é basicamente o de transmitir certos conteúdos que são predefinidos e constituem o próprio fim da existência escolar. Pede-se ao aluno a repetição automática dos dados que a escola forneceu ou a exploração intelectual dos mesmos. O professor exerce o papel mediador entre o aluno e os modelos culturais. Simplificando pode-se dizer que o professor é o agente e o aluno o ouvinte.
                  Confesso que algumas vezes acontece a transmissão de conhecimento. Quando eu explico um conteúdo ao meu aluno e depois faço algumas perguntas para ver se entenderam. Transmito conhecimento quando cobro de meus alunos alguns exercícios de matemática. Mas estou procurando mudar. Talvez porque ainda não domino o construtivismo.


Ensino de Matemática


          É sabido que, todos ao ingressar na escola, trazem consigo uma bagagem de saberes adquiridos no convívio familiar e também no social. Esses conhecimentos devem ser aproveitados, pois o seu descarte acarretará na quebra de esquemas mentais que com muito esforço foram construídos nas mentes das crianças a fim de dar-lhes sustentabilidade e possibilidades de compreensão do mundo ao qual estão inseridas ( Robison de Sá).
Na aula de matemática o professor nos propôs um jogo com cartas que envolvia quantidade, algarismos, seriação e classificação e o jogo partiu de conhecimentos prévios que nós tínhamos.
         Em minhas aulas eu tenho procurado a partir do que o aluno já tem construído sobre conceitos matemáticos, introduzir os conteúdos propostos pelo programa escolar. Como por exemplo ao introduzir divisão, eles começaram repartindo feijões dentro de copinhos de café; depois viram a forma escrita do que estavam fazendo; perceberam que aqueles copos com feijões representavam a multiplicação na hora de encontrar o quociente.
           A criança nesta fase aprende mais com o concreto do que com o abstrato e a matemática sem uma contextualização se torna muito abstrata.


Mudança na forma de entender o portfólio

Eu tenho percebido pouca mudança em mim.
            Sei que o portfólio é o registro de minhas aprendizagens.
           Minhas dificuldades e encontrar as palavras certas para colocar aqui, tem me tornado restrita. Pois ainda não consigo contemplar todos os critérios criados por nós em nossas aulas. Sinto que falta algo.
              Vou seguir pesquisando para entender melhor o portfólio.







Significado do portfólio




Definição de portfólio:
”É pensar sobre o próprio percurso de aprendizagem”
    Permite uma avaliação formativa mais contextualizada, mais participativa e mais reflexiva. Pode analisar o seu trabalho fazendo a sua própria
autoavaliação e auto regulação das aprendizagens.
        O portfólio para mim significa postar minhas aprendizagens. Mas eu tenho  encontrado muitas dificuldades em escrever aquilo que eu aprendi ou pratiquei com meus alunos dentro dos contextos apresentado durante as aulas de pedagogia.
          Mas tenho me esforçado para conseguir me expressar aqui.

Sinalizando



                       Eu  pouco tive contato com Libras a minha vida toda. A interdisciplina de Libras  proporcionou-me um maior conhecimento, a configuração das mãos, expressões faciais que são muito importantes na sinalização. Libras na minha opinião deveria estar no currículo do Ensino Fundamental, pois cada vez mais a criança está vendo na mídia , imagens de pessoas sinalizando.e com certeza não encontraríamos muitas dificuldades em fazer o uso de Libras, seria assim mais uma língua a ser aprendida pelo aluno, possibilitando assim uma interação com a pessoa surda.


Epistemologia genética



                                     As questões epistemológicas interessaram a Piaget desde sua juventude. A epistemologia é utilizada comumente para designar o que chamamos a teoria do conhecimento. Tal modelo teórico explica o desenvolvimento da inteligência, tendo como conteúdo básico a ação do sujeito que interage com os objetos, construindo, a partir dessas ações, formas e/ou estruturas de inteligência que lhe permitem, cada vez mais, adaptar-se ao mundo em que vive. Os trabalhos do autor, na psicologia, conduziram-no à ideia da utilização do modelo lógico-matemático como meio de análise e instrumento de descrição do funcionamento e do desenvolvimento da inteligência. Para o autor, o conhecimento não pode ser simplesmente imposto pelo meio ao sujeito, como um reflexo das propriedades do ambiente (empirismo), tampouco estaria inteiramente pré-formado no sujeito, apenas aguardando a maturação (apriorismo). A outra novidade da sua teoria é a abordagem empirista que explica que a construção do conhecimento pelo ser humano é fruto das interações do sujeito com o seu meio. Segundo a Teoria Epistemológica Genética, conforme surgem solicitações do meio, as estruturas da inteligência vão se construindo e, a partir de novas solicitações, o sujeito tem a possibilidade de reorganizá-las, vivenciando constantes mecanismos de assimilação de novos objetos a esquemas já existentes e mecanismos de ampliação do conhecimento denominados acomodação. É no convívio com outras crianças e com o meio é em que ela está inserida, que a criança constrói seu conhecimento. Daí a importância da escola e do professor para mediar o conhecimento. Nós professores podemos fazer da nossa mediação um meio para a construção conhecimento do aluno, instigando no aluno a curiosidade, a vontade de pesquisar e aprender. Eu procuro provocar nos meus algumas curiosidades, como por exemplo, como construir gráficos. Pedi a eles que trouxesse metro, fita métrica, trena, algo que medisse. Então dei alguns itens para eles medirem no pátio e na sala de aula. Com os dados montamos tabelas e construímos gráficos. Foi muito bom porque eles discutiam entre eles com as medidas davam diferentes, pediam para ir medir outra vez pra ver quem estava certo. Compararam as medidas de suas alturas com a realidade. Como por exemplo, um colega disse que media 1 metro e 49 centímetros, e o outro diz: - Como se eu sou mais alto do que tu. E lá iam se medir outra vez.