Esse método permite ver como
a criança percebe o objeto a ser estudado, ou melhor, como se organiza em
relação ao pensamento. O que para nós parece ser fácil e prático, e para que a
criança consiga fazer ou perceber , precisará de um tempo para analisar, organizar
e fazer de acordo com suas concepções.
Ao colocar os círculos
dispostos um a um sobre a mesa e pedir para a menina Isa de cinco anos para
organizar os dela igualmente, foi fácil. Foi perguntado se as duas fileiras
tinham a mesma quantidade. Ela contou e disse que sim. Mas depois os círculos
de uma fileira foram colocados distantes uns dos outros e os da outra fileira
foram colocados bem próximos um dos outros e foi feito a pergunta se havia mais
numa do que na outra e ela afirmou que a fileira que estavam com os círculos
separados tinha mais. Isto é , ela não conservou o número.
O método clínico serve para auxiliar o
professor no sentido de compreender melhor como
seu aluno está organizando o pensamento, se ele tem a ideia de
conservação ou ainda precisa adquirir.
Em outra situação o teste de
colocar bolas de massinha de modelar em um copo com água e ver o que acontece
com o nível da água, foi feito com o menino Eduardo de dez anos. Antes ´se pede
que marque o nível da água e depois vem a pergunta : O que você acha que vai
acontecer com o nível da água se colocar uma dessas bolinhas aí dentro? E ele
responde que o nível da água sobe. Até onde você acha que vai? Ele marca e
depois confirma. Outra pergunta: se tirarmos
a bolinha o que vai acontecer? E ele responde que o nível volta aposição inicial, e
acaba confirmando. O mesmo procedimento é feito com duas bolinhas sendo
colocada uma por vez.
Eu arriscaria dizer que o
menino está fase operatória formal, embora esteja com dez anos, e foi feito
apenas um teste. Estando nessa fase , ele é um menino que abstrai com
facilidade, não necessitando do concreto para auxiliar em suas aprendizagens
como em matemática.
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